sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Jovens paleontólogos no IV Congresso Jovens Investigadores em Geociências, Estremoz


Nos passados dias 11 e 12 de Outubro, decorreu mais uma edição do Congresso Jovens Investigadores em Geociências, desta vez a quarta. Como tem sido habitual, a paleontologia marcou presença neste congresso de jovens investigadores. Mais ainda, devido ao aumento no número de participantes, a paleontologia conseguiu encher uma só sessão, e cheia de novos jovens investigadores em paleontologia. Nesta sessão de paleontologia estiveram representadas várias instituições como a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Sociedade de História Natural de Torres Vedras, a Universidad Complutense de Madrid, o Grupo de Biología Evolutiva UNED e a Universidad Autónoma de Madrid. 


Fila superior: Ana Jacinto (FCUL/UCM), Sofia Pereira (FCUL), Inês Andrade (FCUL), Vanessa Pais (FCUL), Cristiana Esteves (FCUL/SHN), Inês Pereira (UE/CCVE), Fila inferior: Pedro Mocho (SHN/UNED/UAM), Elisabete Malafaia (UCM). Foto de Cristiana Esteves

A conferência de encerramento do encontro esteve a cargo de mais um paleontólogo, desta vez, o prestigiado investigador espanhol Juan Carlos Gutiérrez-Marco da Universidade Complutense de Madrid, que nos levou numa interessante e longo viagem às margens do continente Gondwana a partir do registo fóssil existente.

Juan Carlos Gutiérrez-Marco (UCM) falando sobre a geologia e paleontologia de Gondwana
-------
Referências:

domingo, 19 de outubro de 2014

Primeiro fitossáurio do Triássico da Bacia do Algarve

restos mandibulares do fitossáurio encontrado na Penina (Algarve)

Foi publicado recentemente na revista Journal of Vertebrate Paleontology uma pequena comunicação que descreve material cranial, uma mandíbula, de um fitossáurio provenientes dos sedimentos triássicos dos "Grés de Silves". Este achado teve lugar na Bacia do Algarve, mais precisamente, junto da localidade de Penina. Neste estudo liderado por Octávio Mateus (Universidade Nova de Lisboa), os autores descrevem restos fósseis de uma mandúbila e alguns dentes que são relacionados a Phytosauria, grupo de archossáurios semi-aquáticos. 

----------
Referências

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Paleontólogo português notícia na Finlândia.


O investigador Octávio Mateus da Universidade Nova de Lisboa é notícia na Finlândia na HSTV. Neste vídeo, Octávio Mateus explica um pouco sobre como é prospectar nos sedimentos do Jurássico Superior da Lourinhã. Em particular, na Praia de Porto das Barcas, o paleontólogo tem a oportunidade de extrair uma pegada de dinossáurio na Praia de Porto das Barcas. 

Para ver a notícia mais vídeo: http://www.hs.fi/matka/a1410499564389

sábado, 20 de setembro de 2014

Eousdryosaurus nanohallucis, um pequeno entre gigantes. Novo dinossáurio do Jurássico Superior Português

Reconstituição em vida de Eousdryosaurus nanohallucis

Os últimos meses têm sido relativamente produtivos no que diz respeito aos vertebrados mesozoicos portugueses. Desde do estabelecimento de duas novas espécies (Zby atlanticus e Torvosaurus gurneyi), nova informação sobre o registo de Ceratosaurus em Portugal, a revisão sistemática de Lourinhasaurus alenquerensis e diversos estudos preliminares sobre várias ocorrências de ovos, chega a hora de publicar mais um novo género e espécie para a ciência.

Pé de Eousdryosaurus nanohallucis

Eousdryosaurus nanohallucis é o um pequeno dinossáurio ornitópode de pequeno tamanho e herbívoro, que corresponde ao primeiro driossaurídeo a ser definido no Jurássico Superior de Portugal e da Península Ibérica. Este achado foi encontrado nas arribas da praia de Porto das Barcas (Lourinhã) por um carpinteiro, José Joaquim dos Santos, no ano de 1999. O espécimen encontra-se depositado na colecção paleontológica da Sociedade de História Natural de Torres Vedras. Este espécimen é constituído pela parte anterior da cauda (as primeiras vertebras caudais) e elementos da cintura pélvica e das patas anteriores, destacando-se a presença de um pé quase completo.

Árvore filogenética de Eousdryosaurus nanohallucis

Este estudo foi liderado por Fernando Escaso do Grupo de Biología Evolutiva da Universidad Nacional de Educación à Distancia (UNED) e da Sociedade de História Natural, numa equipe que contou com a colaboração de investigadores de diversas instituições portuguesas e espanholas como é o caso da Universidad Autónoma de Madrid, Museu Nacional de História Natural e da Ciência (Lisboa), Centro de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Esta equipe internacional tem dedicado conjuntamente e nas últimas décadas ao estudo das faunas de vertebrados, em particular dinossáurios, do Jurássico Superior português.

-------

Referencias: 

sábado, 13 de setembro de 2014

Congresso Jovens Investigadores em Geociências - Resumos até dia 19 de Setembro!


Para quem não está a par, ainda poderás entregar o teu resumo para o IV Congresso Jovens Investigadores em Geociências até o dia 19 de Outubro. Este congresso realiza-se mais uma vez no Centro de Ciência Viva de Estremoz, de 11 e 14 de Outubro.


Este congresso conta ainda com as conferências dos seguintes oradores convidados: Doutor Ícaro da Silva; Prof. Doutor José de Almeida (FCT-UNL); Prof. Doutor António Martins (ECT-UÉ); Prof. Doutor Luis Menezes Pinheiro (UA, LGGM); Prof. Doutor Juan Carlos Gutiérrez-Marco (UCM).

A excursão de campo será realizada ao Geoparque de Arouca, nos dias 13 e 14 de Outubro. 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Nova informação sobre o género de dinossáurios carnívoro Ceratosaurus do Jurássico Superior de Portugal



A revista Historical Biology apresentou um novo estudo sobre os grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico Superior de Portugal. Este estudo foi desenvolvido por investigadores da Sociedade de História Natural de Torres Vedras envolvendo também a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Grupo de Biología Evolutiva da UNED de Madrid. A presença no Jurássico Superior de Portugal de uma forma de dinossáurio terópode estreitamente relacionada ao género Ceratosaurus, descrito na Formação de Morrison, oeste dos Estados Unidos da América, tinha sido previamente proposta com base em escassos elementos de um único indivíduo e alguns dentes isolados.

Elisabete Malafaia na Morrison Formation (USA)

Recentemente, foram encontrados, na sequência da revisão das colecções de paleontologia da Sociedade de História Natural, em Torres Vedras, novos fósseis identificados a este grupo de dinossáurios. O novo exemplar foi recolhido praia de Valmitão (Lourinhã) e fazia parte de uma colecção privada, recentemente entregue à tutela da Sociedade de História Natural. O decorrer deste estudo permitiu verificar que os exemplares pertencem ao mesmo indivíduo descrito no ano 2000. Assim, este estudo permitiu relacionar duas partes do mesmo indivíduo, recolhidas na mesma localidade mas em diferentes momentos e depositados em distintas instituições. No seu conjunto, o exemplar previamente descrito e o material agora identificado, constituem o registo mais completo de ceratossáurios na Península Ibérica e o mais completo registo do género Ceratosaurus fora da America do Norte. 

Assim, os fósseis portugueses acrescentam informação importante para o conhecimento da evolução paleobiogeográfica deste grupo de terópodes e para testar de que forma essa evolução foi afectada pela abertura do Atlântico Norte. O estudo agora publicado apresenta novas evidências de que a distribuição de Ceratosaurus se estendeu para além do território que corresponde actualmente à América do Norte até à Europa. Previamente, foram notadas algumas diferenças entre os exemplares portugueses e as formas norte-americanas de Ceratosaurus, as quais deverão ser reavaliadas aquando da descoberta de novo material. 

Elisabete Malafaia com um resto fóssil de Ceratosaurus

Nas últimas décadas tem-se vindo a reconhecer uma grande similaridade, em determinados grupos de dinossáurios, entre as faunas do Jurássico Superior da Formação de Morrison e de Portugal. Esta semelhança tem sido interpretada como resultado de intercâmbios de faunas através do proto-Atlântico Norte. Contudo, a presença de outros grupos exclusivos do registo português, sugere um cenário de separação (vicariância) incipiente das populações de vertebrados em ambos continentes, provocada pela relativamente recente abertura do sector norte do Atlântico. Estes processos de vicariância poderão ter-se manifestado de diferentes formas em distintos grupos de organismos, justificando a combinação de formas partilhadas e endémicas actualmente conhecida no registo do Jurássico Superior português.

domingo, 11 de maio de 2014

Zby atlanticus, novo dinossáurio saurópode do Jurássico Superior de Portugal em plena Região Oeste


Ao largo desta semana saíram duas importantes publicações em dinossáurios, uma em dinossáurios saurópodes e outro em dinossáurios terópodes. Hoje dedicamos a nossa notícia à nova espécie e género de saurópode do Jurássico Superior Português, Zby atlanticus.

Zby atlanticus, encontrado em Vale de Pombas (junto do limite entre os concelhos da Lourinhã e Peniche), corresponde a um membro do grupo Turiasauria, um grupo de saurópodes mais primitivos que os tão conhecidos Camarasaurus, Diplodocus ou Brachiosaurus. Neste estudo conduzido pelo investigador Octávio Mateus (Universidade Nova de Lisboa/Museu da Lourinhã) em colaboração com investigadores do College of London (UK) e do Imperial College (UK), apelidam este novo saurópode de Zby, nome dedicado ao geólogo Georges Zbyszweski, um dos paleontólogos mais importantes para a paleontologia de dinossáurios (e não só) em Portugal.  O exemplar em causa corresponde a uma pata anterior (cujo uma réplica está entrada do Museu da Lourinhã), uma escápula e coracóides, um chevron e uma vértebra cervical incompleta. Neste exemplar foram encontradas quatro características exclusivas, sugerindo que este exemplar poderá ser único no registo de saurópodes do Jurássico Superior.

Contudo os autores alertam para as fortes semelhanças com Turiasaurus riodivensis encontrado em Espanha, em sedimentos de idades aproximadas aos sedimentos aflorantes em Vale de Pombas. 

-------

terça-feira, 6 de maio de 2014

Novo insecto fóssil membro do grupo Palaeodictyoptera descoberto no Carbónico Português.

Exemplar de Stenodictya do Carbónico de França

Nem só de dinossáurios vive o nosso blog, e como tal, hoje noticiamos a descoberta de um novo insecto fóssil encontrado no Carbónico português.

Este novo insecto fóssil foi encontrado na Bacia do Douro, mais precisamente em São Pedro da Cova, em sedimentos do Gzheliano inferior, isto é, com aproximadamente 300 milhões de anos. Num estudo levado a cabo pelo investigador Pedro Correia do Centro de Geologia da Universidade de Porto e colaboradores, este novo insecto é considerado membro do grupo Palaeodictyoptera, e foi definido como Stenodictya (?) lusitanica. O exemplar em causa corresponde a uma asa parcialmente preservada.

Os autores sugerem assim que as faunas preservadas nos sedimentos do Carbónico português apresentam uma maior paleobiodiversidade comparada com aquela que é conhecida hoje em dia.

------
Referência:

domingo, 4 de maio de 2014

IX Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados


Realizar-se-á nos dias 25 a 29 de Agosto de 2014 o IX Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, a decorrer na cidade de Vitória no Espírito Santo (Brasil). Este congresso está a cargo da Universidade Federal do Espírito Santo. Para quem estiver interessado enviar os seus resumos tem até ao dia 16 de Maio para o fazer.

Para mais informações: http://sbpv.com.br/

sábado, 3 de maio de 2014

Conferência sobre a História Geológica do Algarve (Centro Ciência Viva de Lagos)


Realiza-se hoje, 3 de Maio às 15 horas, no Centro Ciência Viva de Lagos, uma conferência com o professor Paulo Fernandes, da Universidade do Algarve. A evolução geológica do Algarve durante os últimos 400 milhões de anos é o tema principal desta palestra. 

Professor Paulo Fernandes

O professor Paulo Fernandes é licenciado em Geologia pela Universidade do Porto e doutorado, também em geologia, pela University of Dublin (Irlanda), efectuando parte da sua investigação na zona Sul de Portugal (Estratigrafia, Palinologia, Tectónica).

Para mais informações: http://www.sulinformacao.pt/2014/04/descubra-os-400-milhoes-de-anos-gravados-nas-rochas-do-algarve/

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ciclo de Palestras sobre dinossáurios na Escola Dr. Afonso Rodrigues Pereira (Lourinhã), 29 de Abril. Parte II

Os paleontólogos Pedro Dantas (SHN) e Vanda Faria dos Santos (MNHNC)

Ontem tivemos oportunidade de estar presentes num ciclo de  palestras realizadas no âmbito do dia da Terra pela Escola Dr. Afonso Rodrigues Pereira na vila da Lourinhã. Como foi referido anteriormente, estas palestras tiveram como tema principal os dinossáurios, facto que nos levou direitinhos as este concelho conhecido pelos seu abundante registo fóssil.

O paleontólogo Pedro Dantas (SHN) falando de Spinophorosaurus

Uma das palestras, intitulada de "Objectivo Níger - um projecto científico/humanitário", foi levada a cabo pelo paleontólogo Pedro Dantas da Sociedade de História Natural de Torres Vedras. Nesta palestra uma série expedições paleontológicas que tiveram lugar no Níger retiveram as nossas atenções. O investigador Pedro Dantas explicou-nos de forma breve os objectivos de todo este projecto paleontológico (designado PALDES, "Paleontologia e Desenvolvimento"), projecto no qual o Museu Nacional de História Natural e da Ciência em Lisboa participou, e na qual foi encontrado o saurópode Spinophorosaurus.

Bruno Camilo Silva (SHN) explicando o funcionamente de uma excavação paleontológica

Posteriormente, Bruno Camilo Silva (Sociedade de História Natural) e Elisabete Malafaia (Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa/Sociedade de História Natural) falaram-nos um pouco sobre as faunas de vertebrados do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica. Nestas palestras houve um especial enfoque nos dinossáurios portugueses, especialmente abundantes em concelhos como Torres Vedras, Lourinhã e Peniche, incluíndo as mais recentes novidades em Portugal sobre este grupo de animais pretéritos.

Elisabete Malafaia (CeGUL/SHN) repassando a história da paleontologia portuguesa

Por fim, Vanda Faria dos Santos (Museu Nacional de História Natural e da Ciência) com ampla experiência em pegadas de dinossáurios, fez-nos uma breve síntese do registo de pegadas em Portugal, da Bacia Lusitânica à Bacia do Algarve, referindo importante jazidas como a Pedreira do Galinha, Cabo Espichel ou Pedreira do Avelino.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Registo ibérico do grupo Turiasauria (Sauropoda: Dinosauria) na Mid-Mesozoic Conference, Colorado e Utah (EUA)


É apresentado hoje no Dinosaur Journey Museum em Fruita (Colorado, Estados Unidos) no decorrer do congreso Mid-Mesozoic Conference a seguinte comunicação: "Geographic and stratigraphic distribution of the sauropod Turiasaurus and Turiasauria clade". Este estudo é liderado pela Fundación Conjunto Paleotológico de Teruel - Dinópolis, mas conta com a participação de instituições e investigadores portugueses  pertencentes à Sociedade de História Natural, os paleontólogos Pedro Mocho e Francisco Ortega. Neste trabalho, a distribuição paleobiogeográfica de Turiasauria (grupo de saurópodes mais primitivo que formas tão conhecidas como Diplodocus ou Camarasaurus) é colocada em evidência com o registo ibérico existente. Como é conhecido, existem diversas evidências de membros deste grupo em Portugal, com especial incidência nos conselhos de Peniche, Torres Vedras e Lourinhã, com destaque para uma pata anterior encontrada em Vale de Pombas e vários dentes descobertos ao longo da região costeira entre Porto da Calada e Salir do Porto. Deixamos aqui o resumo:
GEOGRAPHIC AND STRATIGRAPHIC DISTRIBUTION OF THE SAUROPOD TURIASAURUS AND TURIASAURIA CLADE

Rafael Royo-Torres, Alberto Cobos, Francisco Gascó, Pedro Mocho, Francisco Ortega, Luis Alcalá.
"Turiasauria clade represents a distinct group of non-neosauropods with a wide geographic distribution across Europe and probably Africa during the Middle-Late Jurassic. This clade is known thanks to the study of the sauropod dinosaur Turiasaurus riodevensis Royo-Torres, Cobos & Alcalá, 2006. It was discovered in 2003 in Riodeva, (Teruel province, South of Iberian Range, Spain). Turiasaurus is defined by the representative cranial and postcranial remains found in its type-locality: skull, mandible, eight teeth, six cervical vertebrae with ribs, four dorsal vertebrae, eight dorsal ribs, the sacrum, two distal caudal vertebrae, a proximal fragment of the left scapula, a left sternal, a complete left forelimb, fragments of ilium and ischium, a left pubis, a distal fragment of the left femur, a proximal and a distal fragments of the left tibia, a left fibula, two astragali and a pes. In addition, Riodeva area has yielded 3 other specimens of turiasaur sauropods. From one of them, the San Lorenzo specimen, there are cranial and postcranial remains, which are currently being studied. All the sites with turiasaur remains are placed in the Villar del Arzobispo Formation (dated Upper Kimmeridgian-Berriasian). Aside from the specimens of Riodeva, we tentatively assign materials from other localities to Turiasauria clade. Phylogenetic analyses support the attribution to Turiasauria of three sauropods: one from the Middle Jurassic of Beni Mellal (Moroco), Atlasaurus imelakei, and two species from the Upper Jurassic of Spain, Galveosaurus herreroi from Galve (Teruel) and Losillasaurus giganteus from Losilla (Valencia). Besides these taxa, and according to some synapomorphies, different specimens have been considered like potential turiasaurs. Turiasaurus possess characteristic ‘heart’-shaped teeth in labial profile with their apex labiolingually compressed, and with an asymmetrical shape produced by a concave distal margin near the apex even when unworn. This type of teeth allows the inclusion in Turiasauria of the Middle Jurassic of England tooth referred to Cardiodon, the Middle Jurassic of Peterborough (England) teeth assigned to “Cetiosauriscus leedsi”, four teeth from the Upper Jurassic of Aylesbury (England) assigned previously to “Hoplosaurus” and “Pelorosaurus”, some teeth from the Upper Jurassic of Asturias (Spain), and the teeth assigned to “Neosodon” in France. In Portugal, more than 26 Oxfordian-Tithonian teeth have been included in Turiasauria. Some of them are associated to an articulated forelimb and chevrons from the Lourinha Formation of Portugal. In Africa in addition to Atlasaurus, some of the postcranial material from Tendaguru beds (Kimmeridgian-Tithonian) in Tanzania has also been referred to Turiasauria, i.e. the caudal series of the specimen MB.R. 2091.1-30 and the right manus MB.R. 2093.1-12 (Museum für Naturkunde in Berlin). Thus, at present, Turiasauria is proposed as a distinct clade of sauropods that diverged, prior to the Middle Jurassic, from the lineage leading to neosauropods and which spread across Europe and Africa during the Late Jurassic. Turiasaurus represents a very large sauropod (over 25 m in length), suggesting that gigantic body sizes were achieved not only by neosauropod clades, such as Diplodocidae and Titanosauriformes, but also by non-neosauropods. "
------
Referência:

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ciclo de Palestras sobre dinossáurios na Escola Dr. Afonso Rodrigues Pereira (Lourinhã), 29 de Abril

Ilustração de Ivan Gromicho

A Lourinhã é um dos concelhos mais ricos em fósseis de dinossáurios e conhecido por algumas das espécies estabelecidas em Portugal, como é  caso de Lusotitan atalaiensis ou Dinheirosaurus lourinhanensis.


No próximo dia 29 de Abril, a Escola Básica Dr. Afonso Rodrigues Pereira (Lourinhã) organizará um conjunto de palestras sobre o registo de dinossáurios de Portugal e do Níger (Africa) das 10:00 às 16:05 na sala 25. Este evento de palestras científicas surge no âmbito da comemoração do "Dia Mundial do Planeta Terra". Estas palestras contarão com vários investigadores portugueses especialistas na matéria e pertencentes á Sociedade de História Natural de Torres Vedras, ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência (Lisboa) e à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Aqui deixamos uma lista das conferências a realizar, com um pequeno cv dos investigadores em causa:

Vanda Faria do Santos (MNHNC) na Pedreira do Avelino (Sesimbra), Foto: Luís Rodrigues

  • "Icnologia - uma ciência interpretativa aplicada à Paleontologia" por Vanda Faria dos Santos, investigadora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e especializada em pegadas de dinossáurios, em particular no registo do Jurássico português. Foi uma das responsáveis pelos estudos levados a cabo nos trilhos preservados na Pedreira do Galinha, em pleno Maciço Calcário Estremenho.

Elisabete Malafaia (FCUL/SHN) no Estados Unidos da América

  • "Dinossáurios do Jurássico Superior português - um importante registo" por Elisabete Malafaia e Bruno Camilo Silva. Elisabete Malafaia é investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da Sociedade de História Natural de Torres Vedras e é especializada em dinossáurios terópodes, com especial enfoque no registo de allosauróides do Jurássico Superior Português. Bruno Silva é o presente director do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da Sociedade de História Natural de Torres Vedras, entidade que tem realizado diversos trabalhos no registo fóssil de vertebrados do Mesozóico Português.

Bruno Silva explicando a geologia da região Oeste.

  • "Objectivo Níger - um projecto científico/humanitário" por Pedro Dantas, paleontólogo português da Sociedade de História Natural de Torres Vedras e especialista em dinossáurios, é responsável pelo estabelecimento de alguns táxones em Portugal, como é o caso do dinossáurio saurópode Lourinhasaurus. Apesar de ter participado em diversas escavações em Portugal (e.g. Lourinhã, Pombal, Torres Vedras), Espanha e Estados Unidos da América (Utah), nesta palestra este investigador irá falar um pouco da sua experiência nas campanhas paleontológicas levadas a cabo no Níger (Africa) na qual participaram investigadores portugueses, e na qual foi descoberto o saurópode Spinophorosaurus

Pedro Dantas (SHN) na excavação de Dinheirosaurus (Porto Dinheiro, Lourinhã)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ilustrações Paleontológicas do início do séc. XX no XII EJIP



Ainda referente às comunicações do XII EJIP, apresentamos uma pequena grande curiosidade, inserida no tema “Geologia & Sociedade”. Josep Francesc Bisbal i Chinesta, a quem desde já deixamos um enorme agradecimento pela disponibilização das ilustrações, apresentou uma divertida comunicação intitulada “La difusión social de la Paleontología en la prensa catalana anterior a la dictadura franquista”. 

Josep e colaboradores realizaram um importante trabalho de pesquisa na imprensa catalã a partir de 1890, seleccionando um total de 186 artigos relacionados com a Paleontologia, provenientes de importantes jornais da época, como La Abeja, Catalunya Social, Clarisme, Diari Català, El Mirador, Esplai, Gent Nova, La Cataluña, La Ibérica, Iberia, La Ilustración, La Publicidad/ La Publicitat, Picarol, La Renaixensa, L’Esquella de la Torratxa, Lo Pensament Català, La Veu de Catalunya e em particular de La Vanguardia, que se tornou no jormal mais influente da Catalunha nos primeiros anos do século XX.

A sua pesquisa revela que a primeira publicação catalã de temática indiscutivelmente paleontológica data de 1865, na publicação La Abeja, que se baseava na tradução de artigos alemães. No entanto só a partir da década de 1880 se populariza a temática paleontológica, sendo as primeiras questões discutidas sobre a origem do homem. É também a partir de esta época que começam a ser publicados os resumos das sessões científicas da Real Academia de Ciencias y Artes de Barcelona. Não ficando indiferentes ao que se passava “lá fora”, as expedições internacionais começam a ganhar protagonismo em 1923. Com o filme “O Mundo Perdido”, em 1927, os sectores publicitários arriscam e começam a surgir ilustrações paleontológicas, dominadas pela temática dos dinossáurios. Com o início da Guerra Civil espanhola cessa a temática paleontológica na imprensa catalã.

No decorrer da sua pesquisa, Josep e colaboradores descobriram estas preciosas ilustrações do início do século XX, que cativaram sem dúvida muitos compradores da famosa marca de chocolate Suchard. Philipe Suchard, fundador da marca de chocolates nasceu em 1797 em Boudry, Suiça, e desde cedo compreendeu as potencialidades da industria do chocolate. A fim de realizar o seu sonho, seis anos mais tarde viaja para Berna e torna-se aprendiz do seu irmão. Em 1824 viaja para os Estados Unidos da América, regressando à sua terra natal no fim desse anoe abre um pequeno negócio, que se expande em 1826 com a abertura de uma fábrica de chocolate em Serrières. Convertendo a energia do rio mais próximo para accionar moinhos, possuia apenas um ajudante. O seu moinho de moagem era constituído por uma placa de granito aquecida e vários rolos de granito em movimento para a frente e para trás; este modelo ainda é usado para moer pasta de cacau.

Mas o chocolate não era barato, e desde cedo que Suchard teve dificuldades financeiras. O seu sucesso chegou em 1842, através de Frederico Guilherme IV , rei da Prússia; isto provocou um boom e logo os seus chocolates ganharam prémios na Grande Exposição de Londres de 1851 e na Exposição Universal de Paris em 1855. Suchard abriu a sua primeira fábrica no exterior, em 1880, em Lörrach, Alemanha. A cor roxa incomum da embalagem de chocolate foi selecionado pelo próprio, pois acreditava que seria única entre embalagens de chocolate. Até finais do século XIX, Suchard tornou-se o maior produtor de chocolate. Dezessete anos depois de sua morte, em Neuchâtel, a sua empresa produziria o famoso chocolate Milka.

Perante duas marcas de chocolate tão deliciosas, a Geologia tem sempre um papel importante!! E quem não desejava ter estas ilustrações de novo nas embalagens de chocolate?!









terça-feira, 15 de abril de 2014

XII EJIP – 9 a 12 de Abril de 2014 – Boltaña (Huesca, Espanha) – Parte 2, 2º dia

O segundo dia começou com uma plateia menos imponente, que se foi compondo ao longo da manhã, conforme os participantes mais vulneráveis à melatonina iam chegando.

Samuel Zamora - Decifrando la evolución de los equinodermos usando taxones cámbricos

 Samuel Zamora iniciou o dia com mais uma das três conferências magistrais desta 12º edição do EJIP. Dedicada aos equinodermes câmbricos e à sua importância na compreensão dos fenómenos evolutivos que marcaram este Período, foi preenchida por imagens e reconstruções muito atractivas que foram chamando a atenção dos participantes que eram, maioritariamente, vertebradistas. Seguiram-se as sessões científicas da primeira parte da manhã, iniciadas por Ruben Garcia Artigas com biostratigrafia integrada utilizando amonites e foraminíferos planctónicos (não pudemos deixar de reparar no género Leupoldina !!). Seguiu-lhe Elena Berdún a lembrar ambientes recifais e Rafael Marquina Blasco com a sua tartaruga pliocénica e, a anteceder o reabastecimento de cafeína da manhã, Daniel Romero-Nieto e Borja Holgado divertiram a plateia. O primeiro com a influência dos filmes nos conhecimentos de paleontologia do público em geral (e que hilariantes as respostas de algumas crianças) e o segundo com a influência da ficção sobretudo cinematográfica na taxonomia paleontológica. A maior gargalhada da manhã chegou com a trilobite do Género Han, Espécie solo. Han solo Turvey, 2005 foi justificada pela sua proveniência (Han é o maior grupo étnico atualmente existente na China) e por ser a trilobite diplagnostídeo mais jovem (solo porque coitada…foi o último sobrevivente da família, justificou o autor). Turvey acabou por, posteriormente, admitir a ligação ao Star Wars. Os diferentes pontos de vista relativos a este tipo de brincadeiras científicas foram discutidos no final do comunicação e seguiram todos para um café e para a fotografia de grupo, frente à Comarca de Sobrarbe.

Daniel Romero-Nieto - Paleontología y Enseñanza Obligatória. Fuentes y grado de conocimiento


Borja Holgado - La influencia del relato de ficción en los taxones descritos por paleontólogos


Alguns slides da divertida apresentação de Borja Holgado

A manhã continuou com frutos e sementes de palmeira fósseis, por Rafael Moreno Domínguez, um grupo pouco usual mas que permite conclusões paleoecológicas interessantes, e seguiram-se grupos mais familiares com a atualidade. Primeiro as aves de Carmen Núñez-Lahuerta numa apresentação cuidadosamente explicada, Carla M. Bazán com comunidades de micromamíferos, Mercedes Conde Valverde com uma curiosa comunicação sobre a audição dos primatas e a terminar a anteceder o almoço duas comunicações sobre dentes, a primeiro por Ignacio A. Lazagabaster que estudando o desgaste de porcos actuais mostrou o potencial da aplicação da metodologia à paleontologia do grupo e a segunda por Eloy Manzanero que arriscou um padrão de mortalidade para os elefantes de Somosaguas.
Ainda antes de almoço alguns participantes efetuaram uma visita guiada por Boltaña, conduzida por María José Torres Olivera, nascida em Boltaña, claramente entusiasmada por divulgar a sua terra. Embora o tempo tenha estado muito agradável de manhã, uma radical mudança trouxe a chuva a meio da visita, impedindo terminá-
-la. Realçamos os pormenores de cor nas ruas e casas de pedra e a imponente igreja que se esconde numa povoação tão pequena.

As cores de Boltaña


Participantes do XII EJIP na visita guiada por Boltaña


As ruas de Boltaña

Após o almoço, Alejandro H. Marín-Leyva trouxe-nos o trabalho geograficamente mais longínquo, debruçado sobre a dieta de cavalos pleistocénicos do México. Mantivemo-nos no Pleistoceno mas voltámos aos Pirinéus com um afloramento de ursos por Raquel Rabal-Garcés. Mudámos de grupo para cabras e cavalos da mesma idade por Víctor Sauqué, voltámos aos ursos com Daniel Hontecillas, descemos na cadeia alimentar até às hienas miocénicas e o estudo dos seus crânios por Víctor Vinuesa e terminámos com Josep Francesc Bisbal i Chinesta, historiador que se dedicou à curiosa difusão da paleontologia na imprensa catalã anterior à ditadura franquista (e que deixou vontade de alargar o estudo a mais regiões de Espanha e de outros países pelas curiosidades que se vão descobrindo).
Após a última pausa para café (com a possibilidade não só de comer novamente os “Fósiles de Boltaña” como de comprar as saborosas bolachinhas), Bernat Vila deu a terceira e última Conferencia magistral sobre as pegadas dos últimos dinossáurios europeus.
A organização deste 12º EJIP juntou-se por fim na frente na sala de conferências para fechar o encontro científico, dando voz aos organizadores do próximo encontro que será em Cercedilha (perto de Madrid) em 2015. Pelas 22h foi o jantar de convívio onde as conversas paralelas só eram interrompidas pela chegada dos primeiros pratos, cuja boa aparência não deixava ninguém indiferente.
Infelizmente não pudemos ficar para a saída de campo do congresso, que ocorreu no sábado de manhã.

Do nosso lado, como participantes e sem simpatias forçadas, resta-nos dar os parabéns à organização porque sem exageros ou eufemismos estiveram impecáveis em tudo. Elogiamos os restantes participantes porque o nível do congresso superou sem dúvida as nossas expectativas, numa actualidade onde cada vez mais os congressos científicos são vistos como um “chegar, fazer currículo, partir”. Neste 12º EJIP viajámos uns largos anos no tempo e postura dos intervenientes e o debate, discussão e troca de ideias foram uma constante que nos fez terminar os dois dias com a certeza de que congressos com nomes sonantes não são necessariamente os melhores. Enhorabuena!

O comité organizador do XII EJIP da Universidade de Saragoça (da esquerda para a direita): Roi Silva Casal,  Ester Díaz Berenguer,  Alba Legarda Lisarri , Jorge Colmenar Lallena, Jara Parrilla Bel e Eduardo Puértolas Pascual (falta Gabriela Arreguín).

XII EJIP – 9 a 12 de Abril de 2014 – Boltaña (Huesca, Espanha) – Parte 1, 1º dia

Boltaña fica longe. Não só em termos de quilómetros mas sobretudo em termos de graus. 50 km numa estrada que faltou às aulas de física e desconhece o movimento rectilíneo separam a bonita povoação de Boltaña da decente estrada que liga Huesca a Sabiñanigo. Cerca de 237 curvas depois, já na noite de dia 9 de Abril, chegámos. Uma lumachela de paleontólogos não fez duvidar que era ali o local de encontro. Um brinde de recepção ao som tradicional da “Ronda de Boltaña” deu o mote ao início de mais um Encontro de Jovens Investigadores em Paleontologia!!
Vista para Oeste de Boltaña, um dos muitos vales modelados na paisagem.

Dia 10 de Abril, pelas 9h, já a sala de conferências da Comarca de Sobrarbe estava muito composta, reflexo da forte aderência a este congresso (mais de 100 participantes). Após algumas palavras introdutórias dos organizadores do evento e de uma apresentação do Geoparque de Sobrarbe conduzida por duas das responsáveis pela divulgação do mesmo, deu-se início às comunicações científicas pelas 10h45. A viagem começou no Ordovícico com trilobites (Sofia Pereira, link do post "Registo de Trilobites de Mação no XII EJIP") e seguiu oceano fora com os peixes cartilaginosos (Humberto G. Ferrón). O Paleozóico terminou por aqui mas o EJIP mal começara e regressou aos invertebrados com os detalhes internos dos braquiópodes jurássicos do Jorge Colás, um trabalho com bastante potencial para a sistemática do grupo. Continuou-se em grupos de duas valvas, mas desta vez bivalves cretácicos (Pablo Font, com um resumo que conta como co-autor o português Pedro Callapez) e Alba Sánchez-García fechou a primeira série de comunicações com uma apresentação gráfica e cientificamente muito cuidada sobre Tanaidáceos cretácicos preservados em âmbar.

Após a primeira pausa para café e com a sala mais cheia por participantes que entretanto chegaram (já dissemos que é difícil chegar a Boltaña??), chegou a primeira de muitas comunicações dinossáuricas (afinal, e mesmo extintos, continuam a fazer jus ao seu tamanho nas edições do EJIP). Víctor Fondevilla divertiu-nos com a situação dos seus afloramentos, Irene Prieto e Adrián Ruiz-Galván mostraram que o início da investigação só depende da vontade dos alunos e a restante manhã seguiu dedicada aos dinossáurios, ora numa perspetiva mais morfométrica (Antonio Alonso), ora a suscitar “inveja” da possibilidade do uso de microtomografia (Mattia Antonio Baiano), fechando com Carlos de Miguel Chaves numa espécie de CSI montado a um exemplar histórico de Lariosaurus.

Carlos de Miguel Chaves - Perspectiva histórica del ejemplar de Lariosaurus (Sauropterygia) de Estada (Huesca, España)

Da parte da tarde, Diego Castanera entrou “pelos pés” de dinossáurios (resumo que conta com a portuguesa Vanda Santos como co-autora), passou o testemunho a Paul Emile Dieudonné, único francês participante que num castelhano muito perceptível nos brindou com uma comunicação bastante promissora para a filogenia dos ornitópodes. Seguiu-lhe Adrián Páramo, numa quase aula sobre árvores filogenéticas aplicadas a Saurópodes, Guillermo Rey Martinez ainda em saurópodes (tíbia), voltámos aos ornitópodos com o Francisco Javier Verdú e todos se entusiasmaram com a apresentação de Daniel Vidal sobre como obter modelos tridimensionais por fotogrametria  (apostamos que o uso de 3D no próximo EJIP será substancialmente crescente).

Adrián Paramo - Comparativa entre los algoritmos de elaboración de superárboles filogenéticos de Sauropodomorpha (Dinosauria)


Daniel Vidal - Obtención de modelos tridimensionales mediante fotogrametría

Após uma pausa para café protagonizada por umas deliciosas bolachas paleontológicas “Fósiles de Sobrarbe” de produção local, o primeiro dia de conferências terminou com a magistral conduzida por Juan Rofes, dotado de uma capacidade de transmissão que fez os 60 minutos de palestra voarem entre dentes e fémures de micromamíferos.
Jorge Colmenar, um dos organizadores e participante do encontro com um atractivo póster sobre braquiópodes ordovícicos, encerrou o primeiro dia surpreendendo o colega (também Jorge e também braquiopodista) Jorge Colás com um fato de Braquiópode, uma surpresa para assinalar a sua despedida de solteiro que divertiu a plateia.
À noite, um barbecue de convívio preparado pelos organizadores do congresso junto ao Rio Ára acompanhou as conversas sobretudo paleontológicas dos muitos participantes. 

Jorge Colmenar e Jorge Colás em modo braquiópode