quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ilustrações Paleontológicas do início do séc. XX no XII EJIP



Ainda referente às comunicações do XII EJIP, apresentamos uma pequena grande curiosidade, inserida no tema “Geologia & Sociedade”. Josep Francesc Bisbal i Chinesta, a quem desde já deixamos um enorme agradecimento pela disponibilização das ilustrações, apresentou uma divertida comunicação intitulada “La difusión social de la Paleontología en la prensa catalana anterior a la dictadura franquista”. 

Josep e colaboradores realizaram um importante trabalho de pesquisa na imprensa catalã a partir de 1890, seleccionando um total de 186 artigos relacionados com a Paleontologia, provenientes de importantes jornais da época, como La Abeja, Catalunya Social, Clarisme, Diari Català, El Mirador, Esplai, Gent Nova, La Cataluña, La Ibérica, Iberia, La Ilustración, La Publicidad/ La Publicitat, Picarol, La Renaixensa, L’Esquella de la Torratxa, Lo Pensament Català, La Veu de Catalunya e em particular de La Vanguardia, que se tornou no jormal mais influente da Catalunha nos primeiros anos do século XX.

A sua pesquisa revela que a primeira publicação catalã de temática indiscutivelmente paleontológica data de 1865, na publicação La Abeja, que se baseava na tradução de artigos alemães. No entanto só a partir da década de 1880 se populariza a temática paleontológica, sendo as primeiras questões discutidas sobre a origem do homem. É também a partir de esta época que começam a ser publicados os resumos das sessões científicas da Real Academia de Ciencias y Artes de Barcelona. Não ficando indiferentes ao que se passava “lá fora”, as expedições internacionais começam a ganhar protagonismo em 1923. Com o filme “O Mundo Perdido”, em 1927, os sectores publicitários arriscam e começam a surgir ilustrações paleontológicas, dominadas pela temática dos dinossáurios. Com o início da Guerra Civil espanhola cessa a temática paleontológica na imprensa catalã.

No decorrer da sua pesquisa, Josep e colaboradores descobriram estas preciosas ilustrações do início do século XX, que cativaram sem dúvida muitos compradores da famosa marca de chocolate Suchard. Philipe Suchard, fundador da marca de chocolates nasceu em 1797 em Boudry, Suiça, e desde cedo compreendeu as potencialidades da industria do chocolate. A fim de realizar o seu sonho, seis anos mais tarde viaja para Berna e torna-se aprendiz do seu irmão. Em 1824 viaja para os Estados Unidos da América, regressando à sua terra natal no fim desse anoe abre um pequeno negócio, que se expande em 1826 com a abertura de uma fábrica de chocolate em Serrières. Convertendo a energia do rio mais próximo para accionar moinhos, possuia apenas um ajudante. O seu moinho de moagem era constituído por uma placa de granito aquecida e vários rolos de granito em movimento para a frente e para trás; este modelo ainda é usado para moer pasta de cacau.

Mas o chocolate não era barato, e desde cedo que Suchard teve dificuldades financeiras. O seu sucesso chegou em 1842, através de Frederico Guilherme IV , rei da Prússia; isto provocou um boom e logo os seus chocolates ganharam prémios na Grande Exposição de Londres de 1851 e na Exposição Universal de Paris em 1855. Suchard abriu a sua primeira fábrica no exterior, em 1880, em Lörrach, Alemanha. A cor roxa incomum da embalagem de chocolate foi selecionado pelo próprio, pois acreditava que seria única entre embalagens de chocolate. Até finais do século XIX, Suchard tornou-se o maior produtor de chocolate. Dezessete anos depois de sua morte, em Neuchâtel, a sua empresa produziria o famoso chocolate Milka.

Perante duas marcas de chocolate tão deliciosas, a Geologia tem sempre um papel importante!! E quem não desejava ter estas ilustrações de novo nas embalagens de chocolate?!









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